sábado, 7 de agosto de 2010

HORA DA MORTE



Quando o relógio marcar o fim
Não se preocupe
Vai ser doce te levar

Vou cuidar-te como se fosse o primeiro
Beijar-te-ei possessivamente
E te levarei a meu lado pra sempre
Cruzaremos juntos, o cais de fogo
Chegaremos juntos ao véu escuro

Se o calor do fogo te congelar de medo
Não se preocupe:
Cuidarei de ti como se fosse o primeiro

Se o escuro do tártaro te ofuscar os olhos
Não se preocupe
Guiar-te-ei, pois aqui sou veterana

Se do calor humano sentir saudades
Esqueça, esquentes-se com meu corpo gelado
pois dele serás servo,
pra toda a eternidade!

te segar

de fogo

Tártaro

Lá estarei a te esperar
Com uma garrafa de vinha na mão
Com os olhos vermelhos de saudades
***

3 Descarregos:

Desnuda disse...

Manu,

que boa surpresa! Não poderia esquecer o seu blog ( ainda outro dia lembrei de voce e do seu blog....E esta grata surpresa!). Obrigada pela gentileza.

O poema é lindíssimo, Manu! Gostei imenso.

Carinhoso beijo e excelente semana.

Cadinho RoCo disse...

Na espera da saudade o alento do encontro.
Cadinho RoCo

Anônimo disse...

Doce Manu; Obrigada pelas tuas palavras deixadas no meu blog. agora quero dizer que adeirei este seu poema lindissimo, eu já escrevi a Morte mas como eu queria que fosse a minha morte. são coisas que eu lido quase todos os dias Pois tenho o curso de Teologia e estou preste a ser Ordenado Diacono Permanente e faço as cerimonias funebres e a Paroquia a onde eu vivo é muito grande e a quase todos os dias há funerais, sei que devemos ter penas dos vivos porque aqueles que partem já não sofrem mais a vecessitudes desta vida. A partir de hoje passas a fazer parte do meu eterno jardim aonde eu cloco as minhas eternas e doces flores.
Um beijo
Santa Cruz