terça-feira, 20 de maio de 2008

15 de novembro de 2016


Depois de tanto tempo. Oito anos. Te reencontrei. Depois de tanto tempo sem notícia alguma...
Planejei tanto, na hora que te avistei, emudeci. Queria, mas o sorriso engasgado não se manifestou, por tanta emoção. Será que ainda lembra de mim? Sim!!! Aproximou-se e cumprimentou-me. Quase sem entender. Ainda descomposta não soube o que dizer nem o que fazer. Meu corpo não reagia a meus comandos. Mil possibilidades encharcam minha mente. Os ensaios no espelho de como reagiria, falharam e nenhuma máscara mais me protegia. Sentia uma inexplicável vontade de te abraçar forte, bem forte, como havia feita a uns 8/9 anos atrás...
Mas, não sou mais uma adolescente.
Uma mistura estranha de sentimentos começa a insurgir, reagi c/ apenas um sorriso com significados extremos.
Que forte foi a vontade de te falar:
“Meu Amor, nunca te esqueci, todas as noites chorei em silêncio por culpa. Amor, não houve um segundo em que eu não me perdesse em tua lembrança. Nunca te tirei de minha direção.”
Mas eu estava estática, se ao menos pudesses decodificar meus olhos.
Quis me desculpar, por ter te deixado me esquecer. Você, mais uma vez, sorria me impondo medo. Perguntou como eu poderia me desculpar por tão pouco. Começou a me explicar de uma simples paixão cheia de obstáculos que tanto excitava um par de adolescentes aventureiros. Falou isso Rindo!
Cada palavra sua me roubava mil. Quis contestar. Pra mim não foi um simples quebra-rotina, eu te quis tanto e te amo...
Aconteceu pra aumentar minha culpa. Eu que nunca me arrependi de nada, estava ali me atormentando por exitar quando devia agir.
Um choque desmedido e meu real esgotamento entravam pelo corredor daquele lugar.
Oito anos é tempo o bastante pra conhecer, amar uma mulher, casar e ter filhos com ela. “Ele é lindo” foi só o que te falei... E realmente era!
Admito que senti inveja daquela mulher que trazia pela mão, o seu Filho. Inveja, angústia...
Acupuntura com espinhos de cacto massageia meus sentidos.
Então, fui devidamente apresentada, como nada mais do que eu sou, uma amiga distante. Uma amiga distante, foi o que me tornei pra ele.
Como sofri como me arrependi de tudo e eu nem falei do que tanto planejei pra nós, Também... Não adiantaria.
Entendi o que passava, seu ar irônico cruel fazia questão de me explicar. Virei e saí. Sensação de predição finalizada, nunca cumprida. Ceder fez-se minha única saída. Você motivava minha sobrevivência.
E agora, a vida, o que será?

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